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sexta-feira, março 31, 2006

Três Filmes Bons

O Segredo de Brokeback Mountain
Johnny & June
Crash - no limite

Os dois primeiros eu vi no cinema, o outro em DVD, sem hometheater, anyway.

Direi o seguinte:

Brokeback Mountain é um filme sobre relacionamentos proibidos, desejos reprimidos, amores não assumidos. É lento, é cansativo, mas se a gente quiser, encontra nele mil e um conceitos/metáforas/representações. A que melhor me serve diz respeito ao mito ancestral da culpa e expulsão do paraíso, paraíso aquele em que até saltitavam aos milhares, cordeirinhos redentores.

Johnny & June tem alguns bons sósias, em ambas as vertentes: música e drogas, que afinal convergem também para a superação e redenção. Johnny Cash tem um bom site, com umas vinte músicas pra você ouvir e achar que são todas iguais (brincadeirinha...).

Crash é um filme altamente depressivo e apocalíptico. A penúltima cena é o retrato da decadência de muitas raças que o acaso fez convergir para a auto-nomeada maior potência do planeta, depois de 11 de setembro e acusando o golpe. Difícil mesmo de digerir que pudessem ser tão vulneráveis. Passa-se em L.A., mas poderia ser uma história de São Paulo e seus coreanos no sótão e rappers posudos, ou do Rio e suas gangues militares, pára-militares, co-militares, supra-militares.

Sobrou Brokeback Mountain, por ser um filme de amor, de dor, de prazer, de riscos, de seres humanos precários buscando um sentido, um sentir, ainda que não haja final mais infeliz.

terça-feira, março 07, 2006

BIG BOSTA

Recebi um email dizendo que a Rita Lee foi entrevistada por quem? Amaury Jr? ihhhh... já começo a desconfiar da coisa... sim, mas que ela deu a idéia genial de nas próximas eleições os candidatos ficarem confinados numa casa, e a cada semana a gente ia votando e eliminando um; o remanescente seria o novo presidente do país.
Agora, por mais dor de corno que eu tenha, imagina a dor de corno/cotovelo que a oposição não está curtindo com essa última viagem de Lula à Inglaterra, não por isso, mas porque andou de charrete com a rainha e estava na maior "estica". My God, nós vai, nós foi, nós fica, nós viaja, nós ganha a eleição de novo!!!
Putizgrilo!
Curiosa língua portuguesa: no Aurélio "estica" tanto pode ser "estar na miséria" (Bras. N.E. Pop.), como também pode ser "estar bem vestido" (Bras. S.). Até o vernáculo expõe nossas desigualdades sociais!