Em inglês, The Sound of Music. Esse é um daqueles casos raros em que a tradução fica melhor que o original.
Já perdi a conta das vezes em que vi o filme, pegando pelo meio quando passa na TV, ou desde o início, não importa: é um clássico, não dá pra perder.
O filme foi baseado numa peça da Broadway sobre o texto de Maria Von Trapp, músicas de Richard Rodgers e Oscar Hammerstein II, com roteiro de Ernest Lehman.
Well.
Voltando às origens de produção teatral, estreou e mantem-se com sucesso no Rio, pra surpresa daqueles que acreditam que uma produção de 9 milhões e meio de reais só daria certo em SP.
Ora, ora.
Fui ver hoje. Teatro Casa Grande. Casa cheia.
Comentei com minha sobrinha Carolina que é aluna da UniRio e conhece. Comentei: minha querida sobrinha, eis aqui um sinal de idade avançada, qual seja, gosto mais do filme.
Não aceitei as licenças poéticas, as músicas estranhas, e o ar descontraído do Max.
Ainda não sei se houve composições para esta montagem, mas se houve, não seguiram o padrão dos compositores originais.
A montagem é boa, mas não emociona.
Há uma certa gritaria, que Deus me perdoe.
Há vozes francamente líricas. Faltou um bom mezzo soprano.
Gostei muito da orquestra e de seu jovem maestro, mas não pude ignorar sintetizadores e assemelhados.
Ora, uma produção com tanto patrocínio, por que não colocar a Orquestra Sinfônica Petrobras?
E mais: tanto patrocínio e o ingresso tão caro?
A explicação, segundo o diretor Charles Möller, é que a maioria dos frequentadores de musicais da Broadway nas férias é de brasileiros. Fica mais barato ir ao Leblon, sem dúvida. Mas... perde-se tudo o mais em Nova Iorque.
Ah, tá. Os brazucas são mercado para musicais. Ok. A platéia de hoje pareceu estar seguindo uma cartilha do tipo "hoje depois da praia vou ser fashion". Se bem que ouvi algumas reclamações.
Nota 7.
Para o filme, nota 10 com louvores.