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quinta-feira, dezembro 29, 2011

Emília Adelaide Martins Filipe

Desencontro, assincronia, interrogação definem.
Não que qualifiquem as pessoas e sim a situação de ter semeado tantos amigos, tanta gente que te ama e ter fugido de todos.
Sua última aparição foi a amigos do Brasil, que te encontraram bem casada e bem estabelecida.
E depois?
Desencontro, desaparecimento, interrogação.
O que te fez correr de pessoas como a Cris, Telma, Emar, Marisa, Vitória? Só pra citar as que te procuram incessantemente.
Vem despedir-se de nós. Diga-nos "estou mal, estou bem, estou mais ou menos, não se preocupem, tenho quem cuide de mim, eu mesma estou cuidando de mim, não se preocupem, pode ser só uma fase. Ou: na verdade odeio vocês por levarem vidinhas normais, odeio suas conquistas, odeio suas festas de 60 anos, odeio suas paixões e casamentos na idade madura. Sumam da minha frente. Me esqueçam. Vão tratar da sua vida!".
Diga isso, pior ou melhor, mas diga alguma coisa.
Despeça-se ao menos. Tudo o que não faz mais sentido merece uma cerimônia de adeus, pois se não tem valor pra você, tem para os outros.
Não vamos continuar nessa procura frustrante.
Torcemos para que você se apresente.
Quando isso acontecer, Milai, você será muito bem vinda.



segunda-feira, dezembro 26, 2011

Missa do Galo



Me sinto confortável e bastante contente por estar aqui hoje, por ter conseguido chegar.
Tenho que abstrair de tanta riqueza e requinte versus os cata níqueis que há por toda a parte. Entendo que seja um convite à generosidade dos pobres.
Tenho que pensar no simbolismo da coisa. Me alegra muito que os seres humanos tenham sido capazes de construir obras tão magníficas ora para defender as cidades ora para glorificar a Deus.
Sempre digo em minhas orações "que bom que recebestes uma homenagem tão bonita, Senhor!".
Sempre que estou num ambiente assim me ocorre que nos universos paralelos acima de nós será daí para melhor.
Pensei que estava atrasada para a missa do galo. Ainda bem que estou adiantada.

24.12.2011 - 23:20h - Santiago de Compostela, Espanha.

sábado, dezembro 24, 2011

Por Que Não Gosto de Natal

Tem coisas que a gente gosta e acha que caem muito bem nos outros. E até pode ser que tenhamos gostado um dia. Praia, sol, calor, muvuca, shopping lotado, pessoas irritadas, suóres, swering, não entendo como alguém pode gostar.
Eu não gosto.
Só teve um ou dois Natais que eu curti. O primeiro foi quando fiquei fazendo aquelas perguntas de Papai Noel a papai: mas como ele vai entrar? ihimmm, pelo vasculhante? e ele vai caber?
O segundo foi na Igreja em Macaé. Fizemos uma peça de Natal, havia uma árvore muito bonita e cada um que participou da peça ganhou uma barra de chocolate, que na época equivalia a um tesouro.
E quando a gente é criança não sente tanto calor, essa é que é a verdade.
Fico muito irritada com a inadequação do Natal nos trópicos.
Mesmo com o ar condicionado à toda, haverá aquele momento sublime em que estaremos na calçada recebendo uma rajada de bafo dragônico torcendo pra entrar logo em outro ambiente refrigerado, pra mim um minuto que seja, é o suficiente para derrubar qualquer espírito natalino.
Pois bem.
Acho o Natal uma coisa linda nos filmes, nos desenhos animados (vi a estréia de Arthur Christmas em Londres e amei) e na vida alheia!
Estando na Europa nesse dezembro de 2011 tenho que ser absolutamente honesta e dizer que o nosso Natal realmente não é produto de nenhuma colonização ou macaquice. Na Europa e nos EUA o Natal é uma festa bem simples, com pouca comilança e com um sentido bem maior de encontro.
Não se tem aqui as mesas enormes e extravagantemente calóricas que até viriam a calhar com o frio.
Nos EUA e Canadá o Thanksgiving é mais importante que o Natal.
Na Inglaterra o Natal é apenas um holiday; não há todas aquelas travessas de comida nas mesas.
Bem. O Brasil, sincrético por natureza, pegou um pouco de cada coisa e deixou de lado o que poderia ser uma das mais refrescantes celebrações do ano.
Não faz sentido as pessoas se vestirem de Papai Noel e se empanturrarem de peru, bacalhau, castanhas e nozes quando poderiam fazer uma festa bem tropical.
É por isso que fica mais fácil gostar do reveillon brasileiro.

sexta-feira, dezembro 23, 2011

Eucalyptus



A casa dos meus avós podia muito bem ter sido assim. Foi minha casa até os 4 anos.
Mas eu fui criada num quintal cujo fundo era todo plantado com eucaliptos.
Fui criada ouvindo o vento nos eucaliptos tirando deles o perfume que na época eu nem me dava conta.
Gostava de brincar com os carrapichos e me lembro bem do cheiro deles.
Hoje o eucalipto é para mim um background. Meu passado, minha fortaleza, meu muro guardado por altivos Dom Quixotes que defendiam a minha retaguarda.
Minha mãe mandou plantar eucaliptos enfileirados no muro de trás para proteger a nossa infância.
Hoje, em meio a tantos eucaliptos, abro as janelas do carro e deixo entrar o perfume.
Essas frágeis e potentes árvores se juntaram no muro de trás da minha casa para me proteger de todo o mal.
E hoje sou profundamente grata a esta espécie por ter permanecido em minha vida adulta como uma lembrança de proteção e perfume.
De modo que cresci apoiada por esses eucaliptos dentro e ao fundo e hoje posso vê-los fora e ao lado com grande júbilo.




(Queijadas, 22.12.2011, 13h)

quarta-feira, dezembro 21, 2011

Graus

De quantos graus será esse calor pois há sol, um dia após tanta névoa e tanta beleza enfumaçada?
De quantos graus será essa quentura em meus braços nus, em minha cara sem creme ou filtro solar ou máscara?
De quantos graus será a temperatura do meu coração quando me sento sozinha, feliz, comigo, neste banco de praça, tomando banho de sol,  agradecendo a Deus por estar aqui, vivendo este momento único, sem volta, que só tem a melhorar pois creio que o futuro se compromete de tal forma com este presente, este regalo, que me proporcionará daqui para a frente o mesmo sentimento de completude e felicidade?
A quantos graus estará minha alma, tão grata e tão contente?

domingo, dezembro 11, 2011

Boa Viagem, Prima!

Estou eu aqui na Espanha revirando as minhas raízes e quando a gente pensa que está mexendo com a morte ou coisas mortas, é um engano redondo.
Minha prima Márcia Cristina morreu hoje e quando a gente pensa que está falando em morte, também é um engano, pois ela e todos eles, apenas mudaram de endereço.
Não posso acreditar em "morreu, acabou".
Morreu, continuou. Morreu, foi para o lugar que lhe está preparado.
É como essa procura por meus antepassados. Todos estão vivos na memória do lugar, na memória do tempo e na nossa memória. 
Estou tentando viver a minha Lenda Pessoal nessa procura. Ouvindo a minha voz interna e tentando perceber os sinais.
Márcia percebeu os sinais e combateu o Bom Combate. Não teve medo da morte, como não deixou de enfrentar a vida, muito embora não concordasse nem gostasse de muitas coisas que a vida lhe apresentou.
Vamos sentir muita saudade e uma falta enorme daquele sorrisão e da grande alegria que Márcia irradiava. Uma pessoa muito especial.
Desejo a ela uma Ótima Viagem pra esse extraordinário mundo espiritual, que todos evitam e que é o destino comum a todos nós.

sexta-feira, dezembro 02, 2011

Handel Messiah

As formações corais e orquestrais na Europa são numericamente modestas. Fui a alguns concertos em St. Martin-in-the-fields onde os grupos não passavam de 8-10 pessoas.
Ontem em St. George´s Church não foi diferente.
Contei 16 pessoas no coro e a orquestra variou entre 8 e 10 pessoas.
St. George´s Church é uma construção de 1724, tem uma nave principal e 2 laterais. É mais larga do que comprida. St. George´s foi bem frequentada por Handel e atualmente abriga o London Handel Festival.
Em dezembro não se pode deixar de ouvir o Messiah. São 2:30h de apresentação que ficam suspensas no tempo, tal é a beleza do oratório.
Chovia mas nem por isso a igreja deixou de estar lotada de cabeças londrinas. O oratório é dividido em 3 partes e ao final da segunda parte temos o Hallelujah e na terceira parte o coro encerra com Worthy Is Tlhe Lamb That Was Slain, desembocando num Amém exemplar da trama barroca.
A tradição conta que na primeira apresentação do Messiah em Londres o rei da Inglaterra, George II, estava presente. Quando o coral começou a entoar os primeiros cantos do Hallelujah, o rei, embevecido e impressionado com a beleza daquela oração, automaticamente levantou-se de sua poltrona. Quando viram que o rei estava em pé, toda a audiência ergueu-se. Ninguém permanece sentado na presença do rei em pé. Tal atitude tornou-se um costume que perdura até os dias de hoje.
Quem estiver em Londres em março e abril pode participar do London Handel Festival 2012.
Guardarei para sempre com enorme carinho a experiência de ouvir o Messiah em sua apresentação integral e fiel à composição original.
É interessante notar que Handel nasceu no mesmo ano que Bach, mas ambos nunca se encontraram. E Mozart foi um dos compositores que fez algumas revisões no Messiah, pois é dito que o Messiah foi escrito para um coro e orquestra modestos.





terça-feira, novembro 22, 2011

BD Speech

It´s said that coincidence doesn´t exist.
I went to the cinema last night and guess what did I watch?
The last film of my number one film-maker, Mr. Woody Allen.
Did anybody watch Midnight in Paris?
Everybody talks about the past as the best time in life, La Belle Epoque, the twenties... However, it´s not a reality anymore.
The fact is we live the present feeding the past. And the contrary is true as well. We live in ways or roads with so many intersections that turns impossible sometimes to know in wich century we are.
Although here and there we see the past clothes inside, there are only the foot-prints from now.
In the same way we can visit places that seem to be stucked in the past. No. Their present is not beeing fed by the future.
It´s all in the present. Therefore, my friends, let us enjoy this moment! Let us live the present!

segunda-feira, novembro 14, 2011

Les Miserables

É muito difícil eu gostar de musical em teatro (sou mais do cinema). Mas hoje tive que me render a essa maravilha de produção no Queens Theatre.
Eu vi Chicago aqui, mas ainda prefiro o filme.
Gosto de qualquer coisa que tenha a ver com Les Miserables. É uma obra-prima baseada em todo o contrário do que trata a literatura. O mal é vencido pelo bem.
Tem aquela canção linda "I dreamed a dream" e todo mundo do elenco é de muita responsa. Eu tô ficando sem palavras aqui nessa terra. Uma coisa que me deixou de queixo caído foi a cenografia. Os caras são feras em fazer e acontecer no palco (uma engenharia - ó eu sem palavras - complexa e perfeitamente funcional).






A peça está há 25 anos em cartaz. Não sei dizer se esses 25 anos foram no Queens Theatre. Mas parece que sim. Essas vigas aí tão com jeito de terem vindo pra ficar. E fazem parte integrante do musical. Parte integrante é triste. Mas é.

sábado, novembro 12, 2011

London Bridge

Está eleita por mim e por unanimidade de pensamento, sentimento e sentidos, meu ícone preferido de Londres.
Podemos nos aproximar dela de todo e qualquer jeito que ela será sempre uma estrutura que mexe com a nossa.
Seu tom levemente azulado evoca a realeza dos Tudors, mas principalmente a nossa. Como um recadinho pra nossas veias e artérias carregarem com cuidado nosso sanguinho azul.
Não somente é grandiosa como é delicada e nos prega sustos pois balança de acordo com o trânsito que parece ignorá-la em seu afã de cruzar o rio.
É tão especial quanto a ponte de Alexander I e a torre Eiffel em Paris, o Altar Sagrado da Pátria em Roma e o Parlamento de Berlin.






















As Aventuras de Tintin

Tintin é um personagem dos anos 20 mas só começou a ser publicado no Brasil na década de 60 e 70. Nós não fomos criados nos gibis, essa é que é a verdade. No máximo a gente lia Tio Patinhas que tem lá a sua didática.
Mas Tintin na minha mente era uma vaga, vaguíssima idéia.
Pois o filme é sensacional.
Sem mais,

segunda-feira, outubro 31, 2011

Precisamos Falar Sobre Kevin

Tilda Swinton já ganhou um Oscar de melhor atriz coadjuvante no filme Conduta de Risco (2007). Ela impressionou como a executiva que dominava seus temores e, principalmente, seus suóres.
Nesse novo filme "We Need To Talk About Kevin" ela brilha pela secura e pela segurança.
Tilda é uma pessoa definitivamente sem atrativos físicos e parece querer exacerbar isso na rala sombrancelha e nos cílios inaparentes. Se existe maquiagem ali é pra realçar os defeitos. Mas o que ela se expressa com o olhar, a boca (sem falar) e as mãos é admirável! Não é o trejeito da boca que faz Meryl Streep não ser perfeita. Tilda não tem trejeitos. Não tem physic du role específico, nem mesmo se fosse chamada para fazer um papel de feia ela o faria como quem respira.
E como foi para ela encarnar the mummy´s monster? Difícil, como suar em bicas no papel da executiva toda poderosa.
Já que eu citei Meryl Streep vou continuar nessa mesma toada: todos os papéis de MS parecem fáceis. Ela sobrevive aos personagens.
Tilda Swinton é devorada por seus personagens e só por um milagre sobrevive.



sábado, outubro 22, 2011

Sherlock Holmes Museum & Beatles Store


Arthur Donan Coyle faz parte de uma imensa galeria de autores britânicos nascidos na Escócia. Como todo bom autor, era médico. Baseou-se em um de seus professores que usava muito o método dedutivo pra criar Sherlock Holmes lustrado e relustrado de brilhantismo. Fiquei curiosa sobre o Watson. Mas não encontrei menção a ele.





Os Beatles. Let it Be. Imagine. Yesterday. All We Need Is Love.
Uma história sem fim. A delícia de entrar na loja e saber me expressar, escolher tudo com o maior amor. Não tem preço.
Obladiobladá.
A beleza da juventude relembrando a nossa bela juventude, nossos dias e anos doirados, nossas paixões, sonhos e otimismo agudo.
O privilégio de ter mamado nas belas melodias e excelentes letras... sem dúvida, o tempo de cada um sempre será o melhor tempo de todos. Que seja. Desde que o meu tempo tenha sido aquele.
Sinto muito por vocês, criados no funk, no rebolado e na celulite das mulheres frutas. Foi bem mal aí pra vocês.

domingo, outubro 16, 2011

London, London

Trouxe os cadarços do meu coração bem amarrados que era pra não sentir saudade, essas coisas. Hoje eles tão meio frouxos. Tão folgados. Mas quem disse que quero pensar na hora de ir embora? Hahahaha. Vamu jájá apertando esses cadarços de novo.


Essa deve ser a minha viagem mais racional, mais medida e pesada. Sem medos ou fantasias. E tem sido a melhor de todas. Por ser uma viagem longa, talvez.
Uma viagem-com-endereço-fixo.
Posso pedir qualquer coisa pela internet ou pelo telefone que chega aqui. Moro num apartamento. Sou obrigada a saber o zip code daqui.
Conheço o meu pedaço, o metrô, o ônibus, as alternativas. Podem me soltar em Londres que sei voltar pra casa. 
Gosto de estar envolvida com cadernos, papéis, homeworks.
Gosto de já saber entabular uma conversa. Gosto de entender o que dizem. Gostei hoje, especialmente, de cantar na Abadia de Westminster. Cantar com a congregação, acompanhada do mesmo coro que cantou nos casamentos reais, acompanhada por órgão de tubos divinamente tocado.
Gostei de chegar no portão da igreja, cheio de gente querendo só visitar, e quando eu disse que ia participar do culto, pude entrar solene e grata.
Poderia ter feito qualquer programa hoje, mas não deveria.
London, London. London, London.

sexta-feira, outubro 14, 2011

Jantar em Chinatown

Jantar em Chinatown é fácil. Difícil é comer bem e como manda o figurino chinês. Isso só é possível se estamos acompanhados de alguém que fala chinês e sabe muito bem do que está falando. Esse alguém até recebe um cardápio só em chinês, com pratos e preços especiais para os chineses. É dito que não se pode esperar que o europeu tenha o mesmo paladar dos chineses. Mas eu digo que sim.
É uma grande bobagem ocidentalizar a cozinha - qualquer que seja ela. Então vou postar algumas fotos do que foi degustado hoje com muito, muito prazer.





A minha sopa estava muito bem temperada e cheguei a morder uma pimenta. Meu arroz veio com uns fiozinhos de ovos e legumes (não o arroz colorido a que estamos acostumados). O prato principal foram camarões gigantes que pro chinês vem dentro da casca (pro turista vem descascado e todo buzuntado em molho agridoce). Tivemos também a companhia desses brócolis acima cozidos ao ponto e cobertos por um molho sensacional (parecido com o melado do japa).
O atendimento foi especialíssimo, em 2 línguas, querem o quê? Tomamos chá, pagamos a conta e fomos pro metrô.

Guinness - tão boa quanto parece


Impossível passar mais de 2 meses sem sair com a tchurma pra tomar umas. Tchurma essa que tem alta rotatividade: a média de permanência é de 3 semanas. Essa foto foi tirada do lado de fora do Verve, um bar que ainda não chegou a pub, mas agrada à estudantada pq cobra metade do preço até às 20:00h.  Nada mal.

Edinburgh

Estive no fim-de-semana passado em Edinburgh. Viagem de trem por uma paisagem linda - verdadeiramente pastoril.
A cidade é encantadora e classuda. Quando não é medieval é vitoriana. As pessoas são modernas. Sabem receber bem o turista e gostam de saber que estamos apreciando sua cidade.
Como em Londres não há realmente ingleses, esse contato com os escoceses foi o legítimo encontro com (digamos assim) a alma britânica. A comida é boa e a cerveja excelente.
Se choveu ou se fez sol não teve a menor importância. A castelã a tudo contemplava com grandeza e sobriedade.

quinta-feira, outubro 06, 2011

Flowers, flowers

Em qualquer estação de trem/tube em Londres é possível encontrar até mais de um quiosque de flores. Os buquês são ofensivamente caros, mas se junto com um cartão bem escrito, se torna um presente muito mais interessante do que uma bugiganga qualquer.
Não é meu tipo de presente preferido. Prefiro coisas vivas e plantadas.
Mas há, sem sombra de dúvda, aqueles momentos em que nada cai melhor que um belo arranjo ou buquê de flores. Com um cartão caprichado então, tem seu valor.



auto-retrato no espelho do banheiro

terça-feira, outubro 04, 2011

O Transporte Público Em Londres

Tenho para mim que os políticos brasileiros precisariam viajar mais do que viajam pra ver como funciona o transporte público em outros países. Não deve ser fácil ter um transporte público decente. Mas o transporte público deficiente é muito mais trabalhoso e bem mais caro.
Em Londres a coisa é bem descomplicada.
Onde precisa ter mais opções de transporte, tem. Mas não quer dizer que os subúrbios sejam desatendidos. O metrô funciona descomplicadamente em 12 linhas diferentes, cobrindo boa parte da capital. O sistema de ônibus   também não deixa a desejar, ao contrário. Além disso se pode contar com a excelente malha ferroviária que cobre todo o subúrbio de Londres e vai pelas principais cidades e países do Reino Unido.
Não é barato, mas é seguro e rápido. Não é por ser público que tenha que ser subsidiado.
É bem possível que a iniciativa privada esteja ligada aos transportes de Londres, mas sendo controlados pela política de transporte público. 
Num Estado organizado todos podem ganhar dinheiro, o que quer dizer que quanto mais desorganizado mais o dinheiro vai pro bolso de poucos.
É uma lástima que não só os políticos brasileiros viajam adoidado mas muitos cidadãos também. Ninguém vê como as coisas funcionam por aí, por aqui, por acolá?
Coisa de louco.
Enfim. Ia esquecendo do transporte pelo rio Tâmisa (os ferries).
Qualquer criatura que vai ficar mais de uma semana em Londres pode se inscrever no site tfl.gov.uk e receber informações sobre as linhas que não vão funcionar em determinado dia ou (agora, às vésperas das Olimpíadas) no fim-de-semana.


 Meu cartão é de 30 dias. Posso viajar quantas vezes quiser, de tube, bus ou train.


Esse busão é o modelo mais antigo, que ainda circula na linha 15, fazendo Trafalgar Square - Ponte de Londres.

ferry boat


Um ponto de ônibus com todas as informações necessárias. 

A linha 29 é feita com um ônibus conjugado. Não deu muito certo em Londres porque as manobras ficam difíceis. 


Os ciclistas dominam a cena urbana em Londres. Palmas pra eles!