Powered By Blogger

segunda-feira, outubro 31, 2011

Precisamos Falar Sobre Kevin

Tilda Swinton já ganhou um Oscar de melhor atriz coadjuvante no filme Conduta de Risco (2007). Ela impressionou como a executiva que dominava seus temores e, principalmente, seus suóres.
Nesse novo filme "We Need To Talk About Kevin" ela brilha pela secura e pela segurança.
Tilda é uma pessoa definitivamente sem atrativos físicos e parece querer exacerbar isso na rala sombrancelha e nos cílios inaparentes. Se existe maquiagem ali é pra realçar os defeitos. Mas o que ela se expressa com o olhar, a boca (sem falar) e as mãos é admirável! Não é o trejeito da boca que faz Meryl Streep não ser perfeita. Tilda não tem trejeitos. Não tem physic du role específico, nem mesmo se fosse chamada para fazer um papel de feia ela o faria como quem respira.
E como foi para ela encarnar the mummy´s monster? Difícil, como suar em bicas no papel da executiva toda poderosa.
Já que eu citei Meryl Streep vou continuar nessa mesma toada: todos os papéis de MS parecem fáceis. Ela sobrevive aos personagens.
Tilda Swinton é devorada por seus personagens e só por um milagre sobrevive.



sábado, outubro 22, 2011

Sherlock Holmes Museum & Beatles Store


Arthur Donan Coyle faz parte de uma imensa galeria de autores britânicos nascidos na Escócia. Como todo bom autor, era médico. Baseou-se em um de seus professores que usava muito o método dedutivo pra criar Sherlock Holmes lustrado e relustrado de brilhantismo. Fiquei curiosa sobre o Watson. Mas não encontrei menção a ele.





Os Beatles. Let it Be. Imagine. Yesterday. All We Need Is Love.
Uma história sem fim. A delícia de entrar na loja e saber me expressar, escolher tudo com o maior amor. Não tem preço.
Obladiobladá.
A beleza da juventude relembrando a nossa bela juventude, nossos dias e anos doirados, nossas paixões, sonhos e otimismo agudo.
O privilégio de ter mamado nas belas melodias e excelentes letras... sem dúvida, o tempo de cada um sempre será o melhor tempo de todos. Que seja. Desde que o meu tempo tenha sido aquele.
Sinto muito por vocês, criados no funk, no rebolado e na celulite das mulheres frutas. Foi bem mal aí pra vocês.

domingo, outubro 16, 2011

London, London

Trouxe os cadarços do meu coração bem amarrados que era pra não sentir saudade, essas coisas. Hoje eles tão meio frouxos. Tão folgados. Mas quem disse que quero pensar na hora de ir embora? Hahahaha. Vamu jájá apertando esses cadarços de novo.


Essa deve ser a minha viagem mais racional, mais medida e pesada. Sem medos ou fantasias. E tem sido a melhor de todas. Por ser uma viagem longa, talvez.
Uma viagem-com-endereço-fixo.
Posso pedir qualquer coisa pela internet ou pelo telefone que chega aqui. Moro num apartamento. Sou obrigada a saber o zip code daqui.
Conheço o meu pedaço, o metrô, o ônibus, as alternativas. Podem me soltar em Londres que sei voltar pra casa. 
Gosto de estar envolvida com cadernos, papéis, homeworks.
Gosto de já saber entabular uma conversa. Gosto de entender o que dizem. Gostei hoje, especialmente, de cantar na Abadia de Westminster. Cantar com a congregação, acompanhada do mesmo coro que cantou nos casamentos reais, acompanhada por órgão de tubos divinamente tocado.
Gostei de chegar no portão da igreja, cheio de gente querendo só visitar, e quando eu disse que ia participar do culto, pude entrar solene e grata.
Poderia ter feito qualquer programa hoje, mas não deveria.
London, London. London, London.

sexta-feira, outubro 14, 2011

Jantar em Chinatown

Jantar em Chinatown é fácil. Difícil é comer bem e como manda o figurino chinês. Isso só é possível se estamos acompanhados de alguém que fala chinês e sabe muito bem do que está falando. Esse alguém até recebe um cardápio só em chinês, com pratos e preços especiais para os chineses. É dito que não se pode esperar que o europeu tenha o mesmo paladar dos chineses. Mas eu digo que sim.
É uma grande bobagem ocidentalizar a cozinha - qualquer que seja ela. Então vou postar algumas fotos do que foi degustado hoje com muito, muito prazer.





A minha sopa estava muito bem temperada e cheguei a morder uma pimenta. Meu arroz veio com uns fiozinhos de ovos e legumes (não o arroz colorido a que estamos acostumados). O prato principal foram camarões gigantes que pro chinês vem dentro da casca (pro turista vem descascado e todo buzuntado em molho agridoce). Tivemos também a companhia desses brócolis acima cozidos ao ponto e cobertos por um molho sensacional (parecido com o melado do japa).
O atendimento foi especialíssimo, em 2 línguas, querem o quê? Tomamos chá, pagamos a conta e fomos pro metrô.

Guinness - tão boa quanto parece


Impossível passar mais de 2 meses sem sair com a tchurma pra tomar umas. Tchurma essa que tem alta rotatividade: a média de permanência é de 3 semanas. Essa foto foi tirada do lado de fora do Verve, um bar que ainda não chegou a pub, mas agrada à estudantada pq cobra metade do preço até às 20:00h.  Nada mal.

Edinburgh

Estive no fim-de-semana passado em Edinburgh. Viagem de trem por uma paisagem linda - verdadeiramente pastoril.
A cidade é encantadora e classuda. Quando não é medieval é vitoriana. As pessoas são modernas. Sabem receber bem o turista e gostam de saber que estamos apreciando sua cidade.
Como em Londres não há realmente ingleses, esse contato com os escoceses foi o legítimo encontro com (digamos assim) a alma britânica. A comida é boa e a cerveja excelente.
Se choveu ou se fez sol não teve a menor importância. A castelã a tudo contemplava com grandeza e sobriedade.

quinta-feira, outubro 06, 2011

Flowers, flowers

Em qualquer estação de trem/tube em Londres é possível encontrar até mais de um quiosque de flores. Os buquês são ofensivamente caros, mas se junto com um cartão bem escrito, se torna um presente muito mais interessante do que uma bugiganga qualquer.
Não é meu tipo de presente preferido. Prefiro coisas vivas e plantadas.
Mas há, sem sombra de dúvda, aqueles momentos em que nada cai melhor que um belo arranjo ou buquê de flores. Com um cartão caprichado então, tem seu valor.



auto-retrato no espelho do banheiro

terça-feira, outubro 04, 2011

O Transporte Público Em Londres

Tenho para mim que os políticos brasileiros precisariam viajar mais do que viajam pra ver como funciona o transporte público em outros países. Não deve ser fácil ter um transporte público decente. Mas o transporte público deficiente é muito mais trabalhoso e bem mais caro.
Em Londres a coisa é bem descomplicada.
Onde precisa ter mais opções de transporte, tem. Mas não quer dizer que os subúrbios sejam desatendidos. O metrô funciona descomplicadamente em 12 linhas diferentes, cobrindo boa parte da capital. O sistema de ônibus   também não deixa a desejar, ao contrário. Além disso se pode contar com a excelente malha ferroviária que cobre todo o subúrbio de Londres e vai pelas principais cidades e países do Reino Unido.
Não é barato, mas é seguro e rápido. Não é por ser público que tenha que ser subsidiado.
É bem possível que a iniciativa privada esteja ligada aos transportes de Londres, mas sendo controlados pela política de transporte público. 
Num Estado organizado todos podem ganhar dinheiro, o que quer dizer que quanto mais desorganizado mais o dinheiro vai pro bolso de poucos.
É uma lástima que não só os políticos brasileiros viajam adoidado mas muitos cidadãos também. Ninguém vê como as coisas funcionam por aí, por aqui, por acolá?
Coisa de louco.
Enfim. Ia esquecendo do transporte pelo rio Tâmisa (os ferries).
Qualquer criatura que vai ficar mais de uma semana em Londres pode se inscrever no site tfl.gov.uk e receber informações sobre as linhas que não vão funcionar em determinado dia ou (agora, às vésperas das Olimpíadas) no fim-de-semana.


 Meu cartão é de 30 dias. Posso viajar quantas vezes quiser, de tube, bus ou train.


Esse busão é o modelo mais antigo, que ainda circula na linha 15, fazendo Trafalgar Square - Ponte de Londres.

ferry boat


Um ponto de ônibus com todas as informações necessárias. 

A linha 29 é feita com um ônibus conjugado. Não deu muito certo em Londres porque as manobras ficam difíceis. 


Os ciclistas dominam a cena urbana em Londres. Palmas pra eles!

The Travel Bookshop - Notting Hill

No dia 27 de setembro passei a manhã na Travel Booking em Notting Hill. Quem me conhece sabe que foi um momento de êxtase. A livraria não é mais aquela, porque foi vendida e agora é mais genérica - tanto melhor. Comprei alguns livros de histórias infantis, um outro sobre os locais frequentados pelos escritores em Londres e, obviamente, o cartaz do filme.
Fui muito bem atendida pelas vendedoras e uma delas até se despediu em português ("até logo").