
Tá chegando a hora. As cidades fervilham de verdeamarelo. Não sou dessas que acham alienação botar bandeirinha no carro, enfeitar as ruas, vestir a camisa do Brasil e torcer desesperadamente pelo Brasil (e contra a Argentina). Uma coisa é uma coisa. Outra coisa é achar que torcendo contra - e logicamente a torcida sendo poderosa - o Brasil volta logo pra casa e vamos tratar da vida, vamos votar direito, agir direito, exercer melhor nossa cidadania. Na na ni na não. Sou daquelas que se emocionam com o hino nacional, que adora o clima da Copa e das Olimpíadas, e que vê no esporte um exemplo da expressão máxima de nosso lado vencedor. É muito bom torcer a favor. É ótimo torcer pelo Brasil. É deslumbrante ganhar 5 Copas do Mundo. É extasiante admirar o futebol dos Ronaldinhos, Robinho, Kaká, Cicinho, Adriano, Rogério Ceni... Por que não? No futebol, como no carnaval, o Brasil dá show também de organização, planejamento, estratégia e marketing. Servem perfeitamente de exemplo para as demais atividades da vida nacional, inclusive a política (ai, ai). Não deve ser chamado de alienado um país que pára pra admirar os craques que produz, e exporta a mancheias. É pra parar tudo, admirar, torcer, sofrer, soltar o grito de gol e partir pro abraço.