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domingo, janeiro 25, 2009

A Noviça Rebelde


Em inglês, The Sound of Music. Esse é um daqueles casos raros em que a tradução fica melhor que o original.

Já perdi a conta das vezes em que vi o filme, pegando pelo meio quando passa na TV, ou desde o início, não importa: é um clássico, não dá pra perder.

O filme foi baseado numa peça da Broadway sobre o texto de Maria Von Trapp, músicas de Richard Rodgers e Oscar Hammerstein II, com roteiro de Ernest Lehman.

Well.

Voltando às origens de produção teatral, estreou e mantem-se com sucesso no Rio, pra surpresa daqueles que acreditam que uma produção de 9 milhões e meio de reais só daria certo em SP.

Ora, ora.

Fui ver hoje. Teatro Casa Grande. Casa cheia.

Comentei com minha sobrinha Carolina que é aluna da UniRio e conhece. Comentei: minha querida sobrinha, eis aqui um sinal de idade avançada, qual seja, gosto mais do filme.

Não aceitei as licenças poéticas, as músicas estranhas, e o ar descontraído do Max.

Ainda não sei se houve composições para esta montagem, mas se houve, não seguiram o padrão dos compositores originais.

A montagem é boa, mas não emociona.

Há uma certa gritaria, que Deus me perdoe.

Há vozes francamente líricas. Faltou um bom mezzo soprano.

Gostei muito da orquestra e de seu jovem maestro, mas não pude ignorar sintetizadores e assemelhados.

Ora, uma produção com tanto patrocínio, por que não colocar a Orquestra Sinfônica Petrobras?

E mais: tanto patrocínio e o ingresso tão caro?

A explicação, segundo o diretor Charles Möller, é que a maioria dos frequentadores de musicais da Broadway nas férias é de brasileiros. Fica mais barato ir ao Leblon, sem dúvida. Mas... perde-se tudo o mais em Nova Iorque.

Ah, tá. Os brazucas são mercado para musicais. Ok. A platéia de hoje pareceu estar seguindo uma cartilha do tipo "hoje depois da praia vou ser fashion". Se bem que ouvi algumas reclamações.

Nota 7.
Para o filme, nota 10 com louvores.

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