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domingo, junho 21, 2009

Radicais Livres

A bioquímica deu um grande passo quando estudou e elucidou o mecanismo dos radicais livres. Não é fácil de explicar mas é simples de entender. A queima de oxigênio pelas células deixa algumas ligações (radicais) livres com carga negativa, que são altamente reativas e capazes de se associar rapidamente a cargas positivas que estejam por perto. Isto resulta no que se chama de oxidação. Ora, a atmosfera da terra é composta basicamente de oxigênio, é o que nos faz ter vida e saúde. Porém, se há um excesso na oxidação metabólica, por um acúmulo de radicais livres no ambiente celular, acaba acontecendo um colapso, a que se chama de stress oxidativo.
Em outras palavras, o mesmo oxigênio que nos faz viver é aquele que nos faz envelhecer e adoecer.
Nossa atmosfera é oxidante, e não somente alguns metais como o ferro sofrem esse efeito.
Os seres vivos "enferrujam" em função do mesmo oxigênio que nutre suas células.
Esse fenômeno mostra o quão delicado e tênue é o ponto de equilíbrio. Pouco ou nenhum oxigêncio, morte. Muita queima de oxigênio, morte.
Nossa vida e morte dependem do mesmo elemento!
Às vezes ficamos preocupados em nos manter oxigenados, e na verdade o que pode estar nos oprimindo é a presença dos radicais livres, ou seja, a pobreza de conexões estáveis na molécula de oxigênio, o que aumenta a presença de espaços vazios na cadeia molecular. Essas lacunas são preenchidas tão rapidamente por elementos estranhos à cadeia molecular que acabam descaracterizando o modelo bioquímico.
Decorrem daí as mutações e padrões celulares caóticos.
Por menos que gostemos disso, qualquer excesso se transforma num grande problema.
"Radicais livres" é uma expressão que tem a ver com "ligações bioquímicas mal feitas".
Mas enquanto expressão literária tem uma conotação interessante, e até divertida: como o radical pode ser livre?
Só se você imaginar que esses radicais estão confinados numa grande estrutura fechada, onde vivem correndo de um lado para o outro, tentando uma ligação aqui e outra acolá, às vezes conseguindo, às vezes não, sentindo-se livres para ir de um ponto ao outro, mas inteiramente presos numa trama em que tecem - eles mesmos - a própria decadência.
O equilíbrio bioquímico é precário. Assim como tudo na vida.


"Eu sei que faz parte da natureza humana escamotear o que lhe cabe em seus dramas pessoais e considerar o outro como 100% vilão. Ora, onde tem dois, tem dois! Nem na unidade existe 100% de certeza ou 100% de acerto. Mas eu sei que faz parte da natureza humana considerar o outro (aquele que não correspondeu à expectativa) como o que tem a exclusividade do erro. Experimente contar a versão do outro. Experimente não ser seletivo naquilo que relata ou omite. Experimente ser honesto quando tratar de assuntos que envolvam o outro. Dê ao outro o benefício da dúvida. Dê ao outro o direito de ser melhor do que você... Mesmo que você negue, o outro pode ser mais evoluído, mais interessante, mais inteligente, mais bonito, mais generoso, mais altruísta, mais justo, mais compassivo... muito mais do que você! Por que você não aproveita pra tentar ser como ele? Sempre se precisa de bons exemplos!...["Quanto mais alto um homem voa, menor se torna aos olhos daqueles que não sabem voar"] - (F. Nietzsche).

Um comentário:

Anônimo disse...

Sim,vc é forte. Não apenas coragem,não apenas potência.
Não apenas.
O que vc é de verdade, o você que você é, é tão forte e tão potente que assusta.
Não é pra amadores...
Te amo.