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sexta-feira, julho 24, 2009

Sarney Voltou Para a Primeira Página

Diálogos gravados durante a Operação Boi Barrica, da Polícia Federal, revelam que a família Sarney atuou na Justiça e demonstrou intimidade com integrantes do Poder Judiciário. Além disso, as gravações mostram o empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), como operador da família nos negócios e na política, segundo reportagem publicada hoje pelo jornal "O Estado de S.Paulo".
De acordo com a reportagem, um dos alvos preferidos de Fernando é o setor elétrico. Os diálogos mostram Fernando e o irmão falando sobre "negócio quente" no Maranhão, Fernando recebendo telefonema do senador Maguito Vilela (PMDB-GO), Fernando falando sobre indicação no Ministério das Minas e Energia e Fernando e José Sarney conversando sobre a Operação Boi Barrica.
Já Sarney, segundo os diálogos, telefona para avisar o filho Fernando sobre o andamento de um dos recursos apresentados pelos advogados da família ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), para ter acesso aos autos da investigação. Sarney orienta o filho a procurar um "amigo", que poderia ajudar.
Ontem, o jornal mostrou que os diálogos apontam ainda para a prática de nepotismo pela família Sarney no Senado e ligam o presidente da Casa ao ex-diretor-geral Agaciel Maia e aos atos secretos.
Durante o recesso parlamentar, Sarney se refugia em sua casa na ilha de Curupu, no litoral do Maranhão. A assessoria de imprensa do senador confirmou que ele está na ilha, mas ressaltou que nenhum contato foi feito ao longo do dia para que ele comentasse a divulgação dos diálogos gravados pela Polícia Federal que indicam a participação direta do presidente do Senado na edição dos atos secretos.
Em um dos diálogos, o empresário Fernando Sarney, filho do senador, diz à filha, Maria Beatriz Sarney, que mandou Agaciel reservar uma vaga para o namorado dela, Henrique Dias Bernardes.
Segundo a gravação, Sarney se compromete a falar com Agaciel para sacramentar a nomeação. O namorado da neta foi nomeado oito dias depois, por ato secreto.
A contratação de Bernardes complicou a situação de Sarney. O líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), promete apresentar a quarta denúncia contra o peemedebista no Conselho de Ética pela interferência a favor da nomeação dele.
Ontem, a Diretoria Geral da Casa informou que o servidor será demitido. Bernardes é um dos 218 funcionários identificados pela comissão que foi criada por Sarney para analisar a anulação dos atos secretos.
A expectativa é que ele seja exonerado com os outros servidores em até 20 dias, quando termina o prazo para que a comissão conclua os trabalhos e apresente um relatório final com recomendações sobre a revogação das decisões administrativas que foram mantidas em sigilo nos últimos 14 anos.
Apesar de ter sido nomeado para trabalhar no órgão central de coordenação e execução da Diretoria Geral, Bernardes estaria lotado no Serviço Médico do Senado.

Naturalmente estamos todos com muita dor de cotovelo, pois quem não ia querer uma boquinha no Senado?
Se os arquibiliardários herdeiros das oligarquias nordestinas ambicionam esses empreguinhos, que fará nós, o povo?
Nós, o povo, nem fazemos questão de atos secretos. Concursos já estaria de bom tamanho, Sr. José Ribamar.

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