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terça-feira, setembro 01, 2009

A Alma Boa de Setsuan


"Há homens que lutam um dia, e são bons;
Há outros que lutam um ano, e são melhores;
Há aqueles que lutam muitos anos, e são muito bons;
Porém há os que lutam toda a vida;
Estes são os imprescindíveis" (Bertolt Brecht).


Com a peça "A Alma Boa de Setsuan", Brecht recorre ao mito de Deus procurando por uma só alma bondosa, de modo a dissuadí-lo de acabar com o mundo. Tal pessoa, na peça, é alguém que abre mão de seus próprios desejos para satisfazer ao outro. E mesmo agraciada com uma fortuna, acaba perdendo-a, por não saber se livrar dos aproveitadores. A saída para ela foi criar um outro personagem, este sim, capaz de dizer não e impor limites.

Brecht escreveu, não importa quando, para a modernidade. Pensando numa sociedade organizada e científica. Sua escrita projeta os problemas humanos de modo muito contundente e se recusa a oferecer qualquer resposta. Quer que pensemos. Quer que deixemos a zona de conforto. Quer que sejamos capazes de acreditar em mudanças, sejam quais forem as circunstâncias. Hoje a psicologia até enquadra aspectos de A Alma Boa de Setsuan no conceito de co-dependência...

Mas, é claro, não é isso que interessa!

Lembrei dessa peça hoje, no seu aniversário, Professor José César Monteiro de Queiróz. Você se enquadra perfeitamente no título dessa peça. Uma Alma Boa.
Uma pessoa boa.
Um companheiro solidário.
Uma presença marcante.
Um abraço genuíno.
Imprescindível.

Se fosse no tempo de Noé, você estaria na Arca. No tempo de Ló, escaparia da destruição. E em Setsuan, Brecht encontraria você!

Um comentário:

Anônimo disse...

Gostei, mas esou a procura do José César Monteiro de Queiróz, sou prima dele e me chamo Eneida pinho de Queiroz, filha do Alintor Rodrigues de Queiroz. Desde ja agradeço a tençao. meu E-Mil adiene_pinho@yahoo.com.br