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sábado, novembro 01, 2014

Morar Nos EUA

Sendo mais ridícula do que já sou, mais desengonçada nas emoções, mais colonizada, mais tudo o que não me enobrece - que já sou - talvez ficar deslumbrada no hemisfério norte seja a coisa mais embaraçosa pra admitir nesse momento.
Dito isto, vamos aos fatos:


 Morar nos EUA é:

1) Comer manteiga de amendoim crocante de colher
2) Pensar: úia! tenho tanta coisa pra fazer hoje! e aí botar a roupa na máquina, a louça na máquina, e a violinha brasileira no saco, hehe.
3) Andar por ruas tão irritantemente arrumadas e bem cuidadas, reconhecer que se pode andar nas calçadas tranquilamente sem quebrar nenhum osso ou esfarrapar nenhum ligamento. Ficar realmente chateada com esse contraste entre uma ruazinha reles aqui das brenhas e a minha rua em Araruama, que há séculos pede um calçamento e nem é tão reles assim.
4) Comprar uma torta de frango super bem feita, palatável, natural, sem pimenta, sem maiores condimentos (até deu pra perceber um arzinho de noz moscada) num mercado que só vende produtos de boa procedência, que podem fazer parte do cardápio do mais ortodoxo dos ortodoxos hebreus.
5) Ligar o rádio do carro e poder, num giro do dial, escolher entre uma enormidade de repertório o que você quiser ouvir, como por exemplo as 3 emissoras que já programei: uma só de hits do Frank Sinatra (cantados por todos os bons/excelentes cantores de sua geração e os que resistiram, das gerações seguintes); a outra só de hits de musicais da broadway; e a outra de música clássica. São centenas de opções, eu devolvo o carro pra locadora e não chego a ter idéia do dízimo delas. E o display do rádio mostra o estilo da música, o autor e o intérprete. Assim não dá!
6) Ter à sua disposição um mercado varejista que disputa o cliente, e que convive com lojas de 1 dólar, como é a Dollar Tree - que diferentemente das General Dollar, só vende coisas (inclusive comestíveis) a 1 dolar; as lojas dollar só vendem coisas novas. Já as lojas thrift vendem coisas inacreditavelmente bem conservadas (usadas) e baratas, além das inefáveis garage sales, que fazem a alegria de quem chega e precisa rapidamente montar a casa.
7) Da polícia, dos bombeiros e dos paramédicos já falei, né?
 Calçadas irritantemente adequadas.

 Parte do panorama do condomínio onde estou, com especial atenção às necessidades de exercício dos cães.

 Entrada do meu prédio

Garage 114, essa primeira à direita.

Um comentário:

Ana Maria Naninha disse...

Deve ser uma sensação maravilhosa de segurança e civilidade.
Ó, não abuse da manteiga de amendoim...
Bjs