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quinta-feira, outubro 28, 2010

Praga, 28.10.10

Nesse momento minha grande dúvida consiste em onde vou comer inhoque amanhã.
É madrugada e estou sem conseguir dormir por causa de ronco. PQP.
Praga é uma cidade estranha. Tem coisas bonitas mas é como se feio lhe parecesse. Deve haver olhos para ver Praga, assim como os há para ver qualquer coisa pela primeira vez. Um contexto romântico sempre ajudaria. Meu coração ainda não caiu aos pés desta cidade como caiu aos pés de Paris, Roma e Berlim.
Praga é uma espécie de Atenas da Europa Central. Poderia perfeitamente ser uma Little Rússia em Nova Iorque.
Hoje terei o dia todo pra conquistar Praga já sabendo que um dia é pouco.
Vindo de Berlim para Praga de ônibus passamos em Dresden, onde é inevitável a comparação com Bruges.
As cidades medievais se parecem.
Nesse ponto da viagem estou bem desconfortável e quase aborrecida, pois está cansativo e enfadonho ouvir os relatórios turísticos sobre “nuestra capital” que é dita como a maior, a mais importante disso ou daquilo, a única que, e por aí vai.
Não há o que se diga sobre Praga senão que se deve olhar, gostar e se apaixonar. Não é assim tão fácil se não acontece à primeira vista.
Nosso ônibus é novo, grande e com ótima aparência porém é desconfortável. Está cheio de argentinos e brasileiros que nunca vão se entender porque há um bloqueio inexplicável por parte dos argentinos em compreender a língua portuguesa.
Por mais que seja difícil o que atrapalha mesmo é, ou a burrice ou a falta de interesse deles. Pode ser que seja por um desejo inconsciente em considerar o português um dialeto infalável de modo a justificar essa incapacidade de falar um mínimo de português. Quando eu passar em Portugal vou aproveitar pra ver muitos argentinos falando e entendendo perfeitamente o português. Esse bloqueio deles é específico com a língua que os brasileiros falam. Argh, como se não bastasse o maradonismo.

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