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domingo, agosto 21, 2005

Francisco Maria Arouet, eu e Palocci

Voltaire, menos conhecido como François Marie Arouet, e não Victor Hugo, escreveu Candide, que conta a saga de Pangloss.
Comprei esse livrinho no Riocentro, numa das bienais. Por deficiência de formação era preciso ler Voltaire antes que fosse tarde demais.
Preciso reler Voltaire, e esse Candide. Por quê?
Porque nesse preciso momento estou sintonizada na TV Senado, ouvindo um gaitista e um pianista tocando MPB. E porque estive à beira do choro por duas vezes, no finalzinho da entrevista (a meu ver antológica) do ministro Palocci, quando ele diz que o importante é o Brasil, que o Brasil precisa crescer etc e tal.
Não que eu esteja atacada de otimismo cego, nacionalismo alienado ou coisa que o valha. Ouvir alguém articulando minimamente uma frase coerente, nesses últimos tempos, é um refrigério e motivo pra se emocionar.
Ele pode ser outro demagogo; mas quando se trata de querer bem ao Brasil e de pensar no bem do Brasil eu sou a própria demagogia.
Meu colega de profissão foi sereno, e embora o tubo de imagem da Tv da sala tenha dado pau, consegui correr pra outra Tv, menorzinha, pra sentir a linguagem corporal do ministro, ver se tinha mtos cacoetes, se suava, se piscava, se o nariz crescia.
Me pareceu sincero. E tem a fleugma do bem (ao contrário do seu oponente, bem ao contrário).

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